sábado, 22 de setembro de 2012

Resposta de Dr: Antonio Ferreira a Antônia Lima


À dona Antônia Lima, que não sei quem é, nem quero ter o desprazer de conhecer. Pelas acusações que ela me dirigiu, pode-se deduzir que se trata de alguém extremamente imbecil. Alegar, como ela mesma alegou, que 600 pratas de subsídios, ou seja, 20 cruzeiros por dia para ser prefeito e médico “significava na época um bom salário”, é indiscutivelmente a primeira demonstração de imbecilidade. Ser o único médico de uma cidade do interior, já é certeza de sacrifício dobrado. Imagine acumulando a função de médico e prefeito. 

Assumi a prefeitura em 31 de dezembro de 1972. Na primeira semana de janeiro, designei Gregório Benício, a quem pagava seis cruzeiros por dia (salário da época), para comandar uma turma de trabalhadores na limpeza do mato na extensão de uma rua – a saída para a cidade de Assu. Gregório, como feitor, ganhava seis cruzeiros por dia (o salário da época). Reconheço que era muito pouco. E o meu: vinte reais por dia para ser prefeit
o e médico de tantas noites mal dormidas, era bom? E se era “um salário tão bom” como declarou dona Antônia Lima, por que então o seu presumível chefe político, que não era médico, só como prefeito foi acusado de desviar um milhão de reais? A polícia federal foi a São Rafael e comprovou tudo. O noticiário se espalhou pelo Brasil com o Jornal Nacional da Rede Globo divulgando naquela época como “o maior escândalo do Rio Grande do Norte”. Uma vergonha para todos nós são-rafaelenses.

Dona Antônia, além de imbecil, provou que é uma farsante. Por que eu iria renunciar ao mandato de prefeito, se fui pessoalmente consultar o Tribunal de Contas sobre a legalidade dos meus vereadores aprovarem um aumento para mim?
Essa é a mais cristalina e contundente prova de que eu não pretendia renunciar. O Presidente do Tribunal, Dr. Morton Mariz, repito, sentindo a minha honestidade, foi franco e direto: “Não faça isso!” Só os vereadores da antiga legislatura poderiam
aprovar o aumento. Por isso renunciei. Mas provei que, além da honestidade, fiz muita coisa boa (principalmente na educação e na saúde) em apenas cinco meses.

Agora, Dona Antônia, lembre-se do que o seu chefe político fez: além dos deploráveis estragos nas ruas de São Rafael, o criminoso rombo no cofre da prefeitura. E foi por esse motivo que aquele Tribunal o condenou a devolver o badalado milhão de reais. E ele, na praça pública (dia 25 de agosto de 2012), declarou para quem quisesse ouvir (ou a senhora, envergonhada, baixou a cabeça e tapou os ouvidos?): “Roubei para dar aos pobres”. Que barbaridade! O dinheiro do povo só poder ser aplicado em benefício do povo se primeiro for roubado!?

Portanto, dona Mentirosa, além de renúncia só ser crime no seu dicionário, a senhora com o seu chefe, num gesto de pura COVARDIA, deram as costas para o povo de São Rafael quando descarada e vergonhosamente abraçaram a execrável CORRUPÇÃO!

Nenhum comentário:

Postar um comentário