Eu nunca reparei muito no jornalista William Waack.
Sua estampa na tela da Globo significava tão somente um correspondente qualquer, um repórter com status de enviado especial em algumas reportagens internacionais, principalmente de cunho econômico.
Apresentadores de telejornais nunca me transmitem as mesmas qualidades dos comentaristas e editorialistas, como nos casos de Alexandre Garcia, Joelmir Beting, Arnaldo Jabor ou Fernando Mitre, que carregam em suas falas um currículo de enriquecido intelecto.
Waack sempre foi para mim apenas o repórter avançado (no sentido geográfico) trazendo notícias repercutidas nos EUA. Era uma espécie de William Bonner em inglês ou um Paulo Henrique Amorim com ternos acima de cinco mil dólares.
Mas, depois que publicaram a notícia revelada pelo pessoal do Wikileaks, de que o nosso WW é um suposto agente jornalístico em favor dos EUA, um “cabo Anselmo” às avessas tramando em nome da pátria da Liberdade e da Democracia, começo a olhá-lo com outros olhos.
Estou me tornando um fã do jornalista global e até sentindo um pouqinho de inveja. Um dos tantos sonhos de consumo e desejos ideológicos que eu tenho é prestar serviço um dia aos EUA, desde que seja para enfraquecer ditaduras comunistas e ameaças totalitárias da esquerdopatia latina.
Eu daria toda a minha coleção de HQ para ser um espião tupiniquim a serviço do império do pensamento livre e das liberdades individuais, contraponto histórico aos conceitos coletivistas das viúvas do stalinismo. Daqui de Natal, meu abraço ao William Waack (se ele for mesmo aquilo que dizem dele, claro).
Por Alex Medeiros
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