Hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. As instituições de combate ao câncer espalhadas pelo país se unem e concentram esforços em campanhas de conscientização. Tipo mais comum de câncer no mundo e principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica, o enfisema pulmonar, o câncer de pulmão está associado ainda a tumores em vários outros locais e doenças cardiovasculares.
Instituição referência no combate ao câncer no Nordeste, a Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Câncer atendeu no primeiro semestre do ano 54 casos de câncer de pulmão. Para o superintendente da Instituição, Roberto Sales, o número embora expressivo, não reflete o real prejuízo que o cigarro causa. “A população em geral costuma associar o cigarro apenas ao câncer de pulmão. Na realidade, o cigarro pode causar vários outros tipos de câncer, entre eles o câncer de bexiga, intestino, esôfago, estômago, boca, tumores na cavidade oral e laringe, e até mesmo o câncer de mama”, alerta.
“Hoje, sabemos que o cigarro possui mais de quatro mil substâncias tóxicas, extremamente nocivas, e que algumas delas podem acelerar a mutação das células, promovendo a carcinogênese, que é o processo de formação do câncer, entre elas a nicotina. A população precisa atentar para esse mal e abolir o cigarro”, afirma Roberto Sales.
Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2010, o número de casos novos de câncer de pulmão no Brasil é de aproximadamente 17.800 entre homens e de 9.830 nas mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 18 casos novos a cada 100 mil homens e 10 para cada 100 mil mulheres. No Nordeste, o câncer de pulmão é o segundo mais freqüente nos homens, ficando atrás apenas do de próstata, e nas mulheres o quarto mais freqüente, atrás do de e mama, colo do útero e cólon e reto.
Na grande maioria das vezes detectado em estágios avançados, o câncer de pulmão permanece como uma doença altamente letal. A sobrevida média do paciente em cinco anos varia entre 13% e 20% em países desenvolvidos e 12% nos países em desenvolvimento. O INCA estima ainda que entre 80% e 90% da incidência de câncer de pulmão seja atribuída ao fumo.
Pensando nessa estatística, as instituições que combatem a doença estarão voltadas aos jovens, presas fáceis da indústria tabagística. O tema escolhido para este ano pelo INCA para nortear as discussões no Brasil foi “Cigarros Aditivados”, tendo como público alvo crianças e adolescentes. O objetivo é alertar que o consumo deste tipo de fumo com aditivos tóxicos e cancerígenos representa mais um fator agravante na manutenção da dependência.
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